A minha vida,
a minha inteira existência,
foi, é e sempre será,
um toque à porta da insanidade.

Todos os dias,
sem espreitar,
sem hesitação,
apenas resolução.

Compito contra o tempo,
pelo conhecimento,
o prémio supremo,
nunca está lá,
não realmente,
não nesta porta,
pois está sempre a mudar,
constantemente em movimento.

Anseio por ele,
Preciso dele,
Mereço-o.

Não há significância em não saber,
nenhum sentido na negligência,
nenhum orgulho na ignorância.

Vem com um preço,
mas não tenho medo,
ou tenho?
Não posso ter,
é o meu propósito.

O céu está escuro
e eu olho para cima.
Vejo as estrelas,
e elas dizem-me,
mostram-me, o quão pouco sei,
o quão pequeno sou,
o quão efémero,
e quão curta é a nossa existência.

Não somos nada
senão um grão de poeira,
na imensidão e na vastidão que é o Cosmos.

Não tenho medo,
pois não estou só.
Existimos.